Arthur Clarke brinca constantemente de ser futurólogo. Transcrevo para cá uma de suas previsões, essa sobre qual seria o futuro do cinema, extraída do livro "O fim da infância", de 1953.
"Primeiro o som, depois a cor, depois o estereoscópio, e depois o cinerama, tinham tornado o cinema cada vez mais parecido com a realidade. Como terminaria a história? Sem dúvida, o estágio final seria alcançado quando a audiência esquecesse que era uma audiência e resolvesse tomar parte da ação. Conseguir isso envolveria os estímulos de todos os sentidos e talvez, também, a hipnose, mas muitos acreditavam que valia a pena. Quando a meta fosse atingida, a experiência humana ficaria enormemente enriquecida. A pessoa poderia transformar-se - por um tempo, ao menos - em outra pessoa e poderia tomar parte em qualquer aventura concebível, real ou imaginária. Poderia até virar planta ou animal, se fosse possível capturar e gravar as impressões de outras criaturas vivas. E, quando o "programa" terminasse, a pessoa teria adquirido uma recordação tão vívida quanto qualquer experiência de sua vida real – entretanto, uma recordação impossível de ser adquirida na realidade."
Depois, aproveitando o clima de futurologia, acrescento um vídeo absolutamente recomendável que oferece pistas sobre como serão mobiliadas as casas do futuro (são 6min que abrem a cabeça). São engenhosos (!!) móveis multifuncionais que objetivam a economia de espaço. São comercializados pela Resource Furniture, cujo presidente é Ron Barth.
O trecho parece com meu texto que publiquei no meu blog no dia do meu niver. Tipo experiência da vida real, mas sem a parte da metempsicose.
ResponderExcluir(Gabriel está escrevendo igual gente importante!)
ResponderExcluirOs dois textos são bons; ficcionais e produto de muita criatividade. Para quem não conhece, vale a pena também dar uma lida no texto citado: http://migre.me/1zTzx
Abraços.
Minha vez de brincar com futurologia. Os móveis da Resource Furniture vão inspirar a decoração das estações espaciais onde nossos netos viverão. Invejo esses humanos que passarão os momentos de folga no Cine Arthur Clarke.
ResponderExcluirÓtima postagem! Beijos!