sexta-feira, 20 de agosto de 2010

De quando a falta de respeito quis me bater

Sabe aquele dia que eu postei o link de "Creep" no Twitter? Pois bem, naquele dia eu quase achei que fosse apanhar na rua. Vou contar a história para vocês.



Num dia como qualquer outro, eu atravessava a rua na faixa de pedestres, enquanto o semáforo estava fechado. Também atravessava a rua uma senhora idosa deficiente visual, guiada por um senhor velhinho, talvez seu irmão ou marido. Os dois, de fato, iam devagar e os ultrapassei sem prestar muita atenção. Mas quando cheguei do outro lado da calçada entendi o que dizia um dos tantos barulhos que a cidade sabe produzir. Gritava-se: "atropela, atropela, atropela!". Isso chamou minha atenção, e me voltei para saber quem e porquê falavam aquilo. Como não podia deixar de ser, o coro vinha de um carro abarrotado de jovens estúpidos, que parecem se sentir sempre muito mais engraçados e corajosos quando estão em grupo. E gritavam "atropela, atropela, atropela" para os velhos (lembro que a senhora era cega).

Eu vendo aquela situação, fiquei muito transtornado com tal falta de civilização. Apontei do dedo (cheio de coragem) para o carro e gritei "Vocês ai!! Vocês são uns babacas!". Isso gerou uma tremenda confusão entre aqueles moleques de 25 anos, alguns parecendo muito dispostos a sair do carro para me pegar. Mas, felizmente, esse impasse foi resolvido em uns 7 segundos, quando o sinal abriu e A motorista não fez questão nenhuma de ficar parada ali.

Na hora eu estava ali, pronto para apanhar, mas depois fiquei muito triste com a situação... e postei "Creep". Me pergunto, que sociedade doida é esse que não respeita seus pais? Ou antes, que não valoriza aqueles que parecem não lhe representar utilidade?

Um comentário:

  1. Ai, cara, eu fico muito triste com esse tipo de coisa também, sabe... Às vezes, dá muita tristeza mesmo pensar que tem muita gente sem humanidade por aí... Mas, como não dá pra consertar o mundo [ao menos, assim, de umz vez], a gente vai fazendo a nossa parte, ainda que em pequenos gestos, aos poucos.

    Abraços,

    Igor

    ResponderExcluir